Desde que foi descoberto na América pelos europeus, o cacau e seus derivados converteram-se em alimentos imperdíveis no mundo todo pelas suas extraordinárias propriedades para a saúde das pessoas, onde o chocolate é, de longe, o mais popular, periodicamente nos trazendo surpresas com novas propostas.
Faz mais de um século e meio, foram comercializadas na Inglaterra as primeiras barras de chocolate na sua variedade Bitter, ou Escuro, mais amargo devido ao alto teor de cacau. Pouco depois, na Suíça, surgiu o Chocolate ao Leite ou Milk, com um toque de doçura devido à mistura com leite. E muito mais recente é a variedade de Chocolate Branco ou White, que estreou em 1936 com a característica de uma doçura intensa e cremosa graças à manteiga de cacau (próxima de 30%) e ao açúcar, sabor reforçado com alguns outros ingredientes, como baunilha, leite e aromatizantes. O curioso é que a sua identidade somente foi reconhecida mais recentemente, em 2004, pela Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos. E, quando se acreditava que tudo já estava dito, faz apenas 5 anos que o mercado se surpreendeu com o lançamento de uma nova variedade, de cor de rosa e elaborada a partir dos grãos de cacau Rubi, do qual recebe seu nome, e onde a novidade são os toques mais frutados.
A notícia é que o sabor de Chocolate Blanco ou White está bombando entre os consumidores do mundo, em particular na Europa, onde os lançamentos de produtos aromatizados com esta variedade chegam próximos de 47% nos últimos 3 anos, sendo o Reino Unido, Alemanha, Espanha e França os principais mercados. Ao mesmo tempo, na Ásia e na América Latina eles ficam próximos de 24% e 15%, respectivamente, com o Japão e Brasil na liderança, enquanto na América do Norte estão em torno de 7%.
Quais são as principais reivindicações? Sem dúvida, são relacionadas com os atributos dos produtos, mais éticos em sua preparação porque respeitam o meio ambiente para garantir um rótulo limpo e porque carecem de aditivos, conservantes, corantes e aromatizantes artificiais. Certamente, destaca-se o fato de conterem menos açúcar e mais proteínas. Também a versatilidade de suas aplicações, com novos conceitos, como o de “neve” ou decorações de chocolate branco para bolos de neve e biscoitos. Como se não bastasse, as apresentações preferem propiciar mais indulgência para os consumidores, como no chamado “duo”, que reúne em um mesmo produto o sabor do chocolate amargo com o branco. Também encontramos em um nível Premium com 3, 4 ou mesmo 5 variedades de chocolate para os indulgentes com maiúsculas.
“Para aqueles que não são tão amigos do chocolate branco, surge o conceito Gold, que consegue atingir este consumidor em particular, oferecendo uma proposta de sabor elegante e sofisticada, como o ouro, com uma surpresa que fornece exuberantes notas de caramelo, manteiga, creme e um intrigante toque de sal. Devido ao seu tom dourado, funciona bem em praticamente qualquer aplicação e em produtos como biscoitos, barras de chocolate e bombons”, comenta Daniela Gómez, Flavor Innovation Support (FIS), Categoria Confeitos, da CRAMER.
A nossa especialista acrescenta que “o nosso sabor de chocolate branco é caracterizado por proporcionar notas intensas de manteiga de cacau, que são combinadas com notas lácteas, tipo leite em pó, com um corpo doce que lembra a baunilha e um fundo cremoso que pode ser relacionado com leite condensado e com suaves toques de leite fervido”.
Ela ainda explica que na CRAMER criamos três tipos de sabor do Chocolate Gold: o primeiro destaca-se por suas marcantes notas de manjar e de caramelo, recordando o toffee; o segundo tem notas de caramelo em perfeita combinação com um perfil lácteo de manteiga e com a cremosidade da baunilha; enquanto o terceiro, se caracteriza por acentuadas notas de caramelo, com muita baunilha cremosa e um suave fundo lácteo de manteiga e leite condensado.